Aqui nesta cidade tudo é triste.
Tudo é uma grande ilusão!
As ruas não levam a nenhuma parte,
as esquinas cruzam-se na contra-mão.
Desencontros.
Mesmo com todo o ruído, amedronta-me o silêncio.
Mesmo cercada de gente, vivo em solidão.
Nesta cidade de pedras e desafetos
um dia dura uma eternidade.
Caprichoso, passa lentamente e sem graça.
Nada de novo.
Nada de bom ou vistoso.
São as mesmas coisas, as mesmas histórias.
A mesma patética rotina assombrosa.
E o dia desencoraja na cidade do medo...
Medo de não haver mudança, do fim da esperança.
Medo de encontrar numa calçada,
jogado às traças,
planos e sonhos desfeitos.
Perdidos, abandonados, simplesmente desprezados.
Vencidos pela maldade, pela injúria e a ansiedade.
Cidade de bobos, de caciques e lordes,
que parou no tempo, - ou retrocedeu!
Cidade bandida que poda e atrofia
a alma e a vida de quem lhe acolheu.
No asfalto leproso surgem novas feridas.
Que cidade maldita!
Aos olhos do mundo, só mais uma vítima.
Bienvenida al nuevo mundo de los soñadores. Escribe mucho y deleitanos. Beijos.
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