De repente você chega, assim, sem avisar.
Vai entrando, atrevidamente, sem pedir para entrar.
Sem qualquer explicação, ou pedido de perdão,
adentra sem desculpas e, também, sem qualquer culpa.
Sente-se em sua casa, como um dia o foi...
Atropela as palavras, exagera na graça.
Conta muitas histórias, todas sem muitas glórias.
Vai abrindo espaço
ocupando um pedaço que jazia empoeirado,
convenientemente esquecido, num abismo perdido,
para manter adormecido tantas marcas de dor.
E revirando guardados,
- todos bem maltratados,
se faz de abismado ao rever um passado
que sem qualquer cuidado, ao léu abandonou.
Na face, a indiferença.
No sorriso, o sarcasmo.
No olhar já não encontro
quem, um dia, me amou!
Quer viver o presente e esquecer o passado,
porque em sua vida pouca coisa mudou.
A tristeza foi minha, a solidão minha amiga.
A mágoa ficou com o espaço que você desocupou.
Fingir não adianta.
Desconversar é uma ofensa.
As atitudes marcaram mais que o próprio amor.
Sinto que não é o momento para se arrepender,
e não sei se, em algum momento, poderá me convencer.
Volte pelo mesmo caminho,
- aquele que quiseste caminhar sozinho!
Pois este meu coração, cansado de desilusão,
decidiu traçar seu próprio destino!
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